Beijei maria dos pés ao início
até trocar a sintaxe de minha boca
Maria chora em redondilhas:
poesia dela sai detrás do olho,
como se perde o infinito na curva -
e a gente mesmo não vê mais,
acha que acabou,
e não vê fim
Para maria fiz um soneto que perdi,
Dizia quase assim :
“de tudo que é eterno serei fraco
antes, com descuido, do que pensado”
até trocar a sintaxe da boca:
na fome insaciável que a gente
tem de si – maria e eu