uma nova coisa clicando: aqui

não sei ainda se aqui acaba!

uma barata acidental atravessa a rua na noite.

meros espectadores:

a luz amarela

eu;

e o pombo

sonolento da pilastra á esquerda

- a barata se dirige ao outro da lado da calçada,

em frente a Santa Casa titubeia atônita;

para.

E desaparece viva e altiva em ser só barata

fadada a entretantos
- melancolicamente:
a rua nasce e anoitece

buzina

chove

(pés, pessoas, casas, saias
e barrigas de fora)

a rua girando estática
em 2.0

a rua sempre


pedestre.



#de oficina irritada

Teoria dos Micro-conflitos

Ana.
- tô na janela vendo a vida chover. Não tenha medo a janela está fechada.

Helena.
- você toma muito café.
- eu gosto do cheiro do café habitando a casa.

Eu.

- o que foi?
-meu estômago dói
-é o café?
-não, é tristeza.

Meus olhos têm a boemia fajuta

de passarem madrugadas em ti

inebriados atrás das pálpebras

que te reconstroem

pêlo por pêlo

e adormecem

embriagados

em tristeza.

e da manhã que nasce

clara e ensolarada:

esquecer-te

na esperança de outros

olhos

rabiscados por sobre

a lembrança

dos teus